Pai Ricardo de Oxalá Oxaguian Ajagunã

Iniciado e aprontado há muito tempo na nação "batuque", praticada no Rio Grande do Sul, onde recebeu o cargo de Babalorixá, Ricardo Maldonado Rangel, ou pai Ricardo de Oxaguiã como é mais conhecido, é OMO ÒSAGYÁN, isto é, filho de Oxaguiã ( Oxalá Moço).
Hoje, pai Ricardo está no Candomblé , mais precisamente na nação Keto, pertencendo a um dos mais antigos e tradicionais axés de Candomblé da Bahia.
Pai Ricardo também é ligado a casa de Ifá, fundada no Rio de Janeiro, pelo Babalowo Rafael Zamora, da cultura afro-cubana, onde fez sua iniciação, recebendo o título de Awo Fakan de Orunmilá Ofun Guando (título dado a quem se aperfeiçoa dentro da tradição de ifá, no jogo de búzios).
Além de Babalorixá, pai Ricardo é também um renomado artista plástico, tendo muitas de suas obras premiadas em salões ( vários museus de arte de Brasil como o MARGS - Museu de arte do Rio Grande do Sul) e outros estados, possuem obras de pai Ricardo, que assina simplesmente como Rangel, sobrenome da família.
Sua veia artística pode ser notada no ilê de Oxaguiã, através de belíssimas pinturas que decoram as paredes dos salões, ou então na perfeição de vultos dos orixás que pai Ricardo modela.
Seu elevado grau de cultura e sua sede de saber, o levaram a profundas pesquisas sobre os fundamentos e origens da religião africanista. Esses ensinamentos, pai Ricardo transmite hoje a seus filhos de santo, que, espalhados pelo Brasil e exterior, difundem e propagam o nome do ilê de Oxaguiã. Além de Babalorixá, artista plástico, pai Ricardo é inclusive escritor, poeta e colunista em vários jornais de religião Afro.